sábado, 1 de junho de 2013

TODOS SOMOS IGUAIS


O Brasil é um País, onde todos os tratados de Direitos Humanos são há décadas desrespeitados. Temos Histórico de violência com o que é sagrado ao ser humano, comparado inclusive a regimes fechados, totalitários e em guerra constante. Outro dia em um texto do Jornalista Leonardo Sakamoto, me surpreendi o quanto se explora a criança no trabalho. Seu texto um primor de Jornalismo investigativo e ao mesmo tempo com compromisso na defesa dos DH, mostra o trabalho de crianças que deveriam estar na escola, na coleta de caranguejos nos mangues da Paraíba. Caranguejos inclusive que irão para a mesa de uma classe média, que pode pagar por pratos que nenhum operário ou que recene bolsa família, sonhou um dia comer.

O mesmo Sakamoto, em uma matéria anterior, foca nos abusos sexuais, cometidos com mulheres, nas chamadas baladas chiques das grandes e médias cidades. Os assédios forçados e violentos, onde meninas vão para se divertir, são agredidas fisicamente e moralmente. Leio todos os Jornais de minha cidade todos os dias. Não sou (não era), muito de ler as páginas policiais, mas por força do oficio, de estar no poder público, leio todos os cadernos dos periódicos. As matérias e notas, em sua maioria extraídas de Boletim de ocorrência, mostra o inferno que é a vida dos pobres na periferia. Quase todas as ações das policias são nas regiões afastadas e de miséria. São ocorrências de prisões de aviãozinho, ladrões de galinha, brigas e as vezes algo mais grave. Imagino as noites e dias desta população, acuada dentro de seu habitat, de um lado o crime organizado que não é molestado pelas autoridades, de outro a policia que não separa o joio do trigo.

No dia de ontem, no Jornal de Limeira, li uma matéria, que alias muito bem feita, do ponto de vista Jornalístico, sobre a preocupação da classe média que vive em condomínios fechados, com a segurança de seus moradores. Justo, porem corporativo e um pouco egoísta. Fecho-me em muros, me cerco de alarmes e guardas de segurança e o que acontece em meu entorno não me interessa. Como não tem interesse, as denuncias de um aumento significativo de nossos adolescentes em conflito com a lei, ou as constantes denuncias de violência a mulheres, negros, Homossexuais, seja física, seja moralmente.

Tenho acompanhado os esforços do Governo ao qual estou ajudando a construir, na questão dos Direitos Humanos. Não se pode pensar no bem estar das pessoas, sem qualidade de vida. As ações do Projeto Este Bairro é Meu, os convênios de combate as drogas, o plano municipal de Segurança Pública, são algumas das ações, para a busca de igualdades de direitos. O próprio governo sabe que é pouco, há necessidade de agilizar as ações de forma mais concreta.

Mas o que mais preocupa, é a consciência. Em especial daqueles que fazem opinião, se acercam de instrumentos como a escrita ou a tribuna de um poder público ou da liderança de uma instituição. Minha cidade com certeza esta entre as que mais desrespeitam os Direitos Humanos. Aqui a Xenofobia é cantada e decantada, até por políticos de vários mandatos. O tratamento de alguns setores da economia com os trabalhadores, ainda remota aos tempos de casa grande & Senzala.

Penso que é preciso um esforço das chamadas forças vivas da cidade, em compreender que é preciso mudança nas atitudes e na concepção de encarar os direitos fundamentais do Ser Humano. Iniciativas como a do CEPROSOM em organizar um Seminário contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, do CAD- Centro de Defesa da Diversidade- de promover eventos de combate a Xenofobia, do CEDECA- Centro de Defesa da Criança e do Adolescente- em trabalhar através de um abaixo assinado, a vinda de nossos internos para as unidades da Fundação Casa em Limeira, são sem dúvida, ações que aqueles que tem acesso a informação e a cidadania, deveriam assumir.


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